O empoderamento da mulher indígena e sua extrema relevância para a agenda ambiental

As mulheres indígenas são verdadeiras heroínas da natureza! Elas são as guardiãs dos recursos naturais em suas comunidades, utilizando seu conhecimento tradicional para preservar a biodiversidade. Além disso, essas mulheres corajosas enfrentam as emergências climáticas e a destruição ambiental de forma mais intensa, tornando-se verdadeiras protagonistas na luta pela justiça ambiental, junto com as quilombolas que também atuam na preservação de biomas.

O conhecimento tradicional dessas guerreiras indígenas é um verdadeiro tesouro para a agenda ambiental. Transmitido de geração em geração, ele é baseado em uma relação de respeito e equilíbrio com a natureza. Mulheres indígenas possuem práticas sustentáveis de agricultura, pesca e caça, além de conhecimentos medicinais sobre as plantas e a importância da preservação dos ecossistemas.

No entanto, é triste perceber que o papel das mulheres indígenas na agenda ambiental é frequentemente deixado de lado. Suas vozes são silenciadas e elas são excluídas dos processos de tomada de decisão. Além disso, a exploração de seus territórios e a violação de seus direitos culturais e territoriais ameaçam sua capacidade de cuidar e preservar os recursos naturais, que são finitos,  e se não priorizados colocam em risco toda a humanidade, não “apenas” o nosso país.

Um dos objetivos d’A Tenda das Candidatas é valorizar e reconhecer a importância das mulheres indígenas defensoras dos direitos humanos em todos os espaços de tomada de decisões que impactam diretamente a vida das populações indígenas, sobretudo no que se refere a contribuição na agenda ambiental. 

Mulheres indígenas são lideranças que merecem ser ouvidas e respeitadas. É fundamental garantir que elas tenham o poder de tomar decisões e que seus direitos sejam protegidos. Somente assim conseguiremos garantir a sustentabilidade e o direito ao futuro.

As mulheres indígenas têm se destacado cada vez mais na política, trazendo uma nova perspectiva para os debates e decisões para combater a crise climática. 

Imagine mulheres indígenas liderando a discussão sobre questões ambientais ao lado de mulheres quilombolas, defendendo a preservação das florestas, dos rios, de todos os biomas e lutando contra o desmatamento desenfreado. É uma imagem poderosa com a qual devemos sonhar e lutar para que se torne realidade no cenário político brasileiro e em todo o planeta.

Importante lembrar, por oportuno, que mulheres indígenas defensoras de direitos humanos estão levantando a bandeira da igualdade de gênero e raça, junto com as demais mulheres defensoras de direitos humanos e principalmente lutando pelos direitos políticos de todas as mulheres, mostrando que a luta por direitos se faz de forma coletiva e organizada, não deixando nenhuma para trás. 

Abrindo caminho para que outras mulheres indígenas também possam ter voz e representatividade, as lideranças indígenas seguem atravessando obstáculos como as águas de um rio, lutando para que a diversidade  seja disseminada como  fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. 

Eu, falando em primeira pessoa, como uma das atendidas do projeto A Tenda das Candidatas, apoio e celebro todas as mulheres indígenas defensoras dos direitos humanos,  reconhecendo a importância de suas vozes e de suas lutas, das quais faço parte.

Inspire-se nas mulheres indígenas e lembre-se de todo o poder e criatividade que elas trazem para os debates sobre o clima. Mas não apenas isso, lembre-se de se juntar à luta dessas mulheres para fazer a diferença na sua comunidade e no mundo.

Nesse cenário climático desafiador, vamos mergulhar em uma história repleta de criatividade e poder ancestral de preservação onde as mulheres indígenas defensoras dos direitos humanos, corajosas e fortes, devem figurar como umas das principais protagonistas.

Imagine um mundo onde as florestas são o palco de uma dança encantadora, onde as árvores sussurram segredos ancestrais e os rios cantam melodias mágicas. É nesse universo que as mulheres indígenas vivem, conectadas de forma íntima e profunda com a natureza ao seu redor.

Mas é importante entender que o desmatamento desenfreado, a poluição dos rios e a exploração desmedida dos recursos naturais têm impactos devastadores não apenas para as comunidades indígenas, mas para todo o planeta.

Mulheres indígenas não têm se deixado abater., apesar do genocídio da população indígena, que também precisa ser freado. Com diversas cores, com sementes e penas, criam belíssimas peças de arte que contam histórias de resistência e resiliência. Pintam seus corpos com tintas naturais de jenipapo e urucum, transformando-se em verdadeiras obras de arte vivas, para celebrar a natureza e reforçar sua conexão com ela.

A arte de contar histórias, que é uma forma de transmitir sabedoria e conhecimentos ancestrais, também é dominada por mulheres indígenas através de narrativas cheias de magia e encantamento, que nos ensinam que a proteção do meio ambiente não é “apenas” uma questão de sobrevivência, mas também uma questão de amor e respeito pela natureza, que é respeito à todas as vidas que fazem parte dela.

Ao mergulharmos nesse universo ancestral das mulheres indígenas, somos convidados a refletir sobre nossa própria relação com o meio ambiente. Ensinar e aprender sobre sustentabilidade é um caminho possível e necessário, onde cada um de nós tem um papel fundamental.

Portanto, é hora de nos unirmos às mulheres indígenas e suas lutas, como numa dança vibrante e cheia de vida, para proteger e preservar o nosso maior tesouro: o planeta Terra. É preciso lutar pelo futuro das próximas gerações e é isso que mulheres indígenas estão fazendo, mostrando que é possível conciliar tradição e modernidade, unindo forças para os desafios ambientais do Século XXI, pavimentando caminho para um futuro mais verde.

Apoiar e votar em mulheres indígenas é sobre quebrar barreiras e desafiar estereótipos de gênero, raça e etnia. Valorizar e celebrar a contribuição importante das mulheres indígenas, é sobre abrir espaço para uma nova era de políticas ambientais mais inclusivas e eficazes, onde a sustentabilidade seja reconhecida como alicerce de nossa sobrevivência no planeta.

A Tenda das Candidatas, por exemplo, entende que incluir as mulheres indígenas no campo político eleitoral é sobre combate à sub-representação de grupos historicamente marginalizados, mas sobretudo é para que a nossa sociedade possa avançar nas discussões ambientais. Faço parte da Rede A Tenda e o que queremos é também que as vozes de mulheres indígenas sejam ouvidas e consideradas  nas elaborações de políticas públicas para combater a crise climática e o genocídio dos povos originários.

A participação das mulheres indígenas em conferências e eventos internacionais sobre meio ambiente tem sido ampliada, mas ainda está aquém do necessário. Os apoios logísticos e financeiros precisam se intensificar para que essas mulheres possam contar suas histórias coletivas e individuais, principalmente sobre a relação que têm com o planeta, com a natureza.

Assim, empoderar mulheres indígenas para a disputa eleitoral-partidária é sobre contribuir para a promoção de uma gestão sustentável dos recursos naturais, a proteção da biodiversidade, e a resiliência das comunidades indígenas e do mundo diante das mudanças climáticas. Mas é importante que se diga que as mulheres indígenas defensoras dos direitos humanos também têm como pautas a equidade de gênero, raça e a justiça. O empoderamento das mulheres indígenas é, portanto, um aspecto crucial da agenda ambiental e de todas as demais agendas, um passo fundamental para que tenhamos todos, todas e todes o direito ao futuro.

Junte-se a nós nessa jornada e vamos transformar juntes o mundo em um lugar melhor para todes!

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